14 abril, 2005

Como parei de me preocupar e amei o exílio

Tudo é Vaidade
Tudo é Loucura
Tudo é Afetação

Simulamos o tempo todo, atores sociais, alguém disse uma vez e não podia estar mais certo.
Tudo é Palco
Tudo é Holofotes
Tudo é Figurino

Não dá pra conviver com seres humanos por muito tempo, é nauzeante.
Roupas, semi-nudez proposital, pudor, dança, maquiagem.
Nada é natural, nada é como realmente é.
Doença. Estou doente. Intoxicado, por peitos, bundas, pernas, batom, sombra, sandálias, meias arrastão, sapatos.
Elas querem que eu me masturbe e eu só quero vomitar.

Blasé, cuidadosamente descuidado, disciplinadamente despenteado, displicentemente atirado.
Mas o canto do olho não mente quando sonda a platéia em busca de aplausos.

Queria ser Thoreau, Queria ser Thoreau, Queria ser Thoreau, Queria ser Thoreau, Queria ser Thoreau, Queria ser Thoreau, Queria ser Thoreau, Queria ser Thoreau, Queria ser Thoreau, Queria ser Thoreau, Queria ser Thoreau, Queria ser Thoreau, Queria ser Thoreau, Queria ser Thoreau ...